Câncer de intestino é o 3º mais comum entre homens e mulheres no Brasil

Você já ouviu falar do câncer colorretal? Talvez não por este nome, mas então o que você sabe a respeito do câncer de intestino? Muitos não sabem, mas esse é o terceiro tipo de câncer mais prevalente na população e está atrás apenas dos de mama, entre mulheres, e de próstata, entre os homens. Para entendermos melhor o porquê deste ser o 3° câncer mais comum no país, preparamos o artigo a seguir, com o propósito de esclarecer todas as dúvidas a respeito do assunto. Quem a doença atinge?

A doença atinge, principalmente, pessoas obesas, com dieta pobre em fibras e que não praticam atividade física. Este grupo de indivíduos tende a ter constipação, o que faz com que as fezes permaneçam mais tempo em contato com a parede do intestino grosso, provocando escórias cancerígenas. Além destes, familiares de pessoas com doença polipóide ou doença inflamatória intestinal crônica estão mais propensos a desenvolver câncer de intestino.

Quais os sintomas da doença?

Dores no abdômen, sangramento retal e obstrução intestinal são alguns dos sintomas mais simples de alerta. Mas é preciso estar atento também a outros indicadores, como anemia e emagrecimento não intencional. Pessoas diagnosticadas com anemia não devem fazer apenas a reposição de ferro no organismo, mas também realizar exames para descartar a possibilidade de câncer no intestino, especialmente depois dos 50 anos de idade.

Quais exames podem ser feitos para detectar câncer de Intestino?

Exame de Fezes: O exame de fezes, que deve ser feito anualmente após os 50 anos, é o exame mais usado para diagnosticar a existência do câncer de intestino. Este busca identificar se há sangue oculto nas fezes, geralmente não visível a olho nu, pois isso pode estar ligado com o estágio inicial da doença. Caso haja a existência de sangue nas fezes geralmente é requisitado exames complementares para o diagnóstico mais aprofundado, como a Colonoscopia.

Colonoscopia: A colonoscopia é o exame mais completo, ao se tratar de exames para identificar alterações intestinais. Ela é capaz de visualizar todo o intestino grosso e ainda biopsiar ou remover lesões suspeitas. É indicado rotineiramente para pessoas a partir dos 50 anos de idade ou mais, a cada 10 anos ou sempre que forem identificadas a presença de sangue nas fezes.

Como é o tratamento?

O tratamento do câncer de intestino é complexo. Seu sucesso também está associado à integração de uma equipe multidisciplinar, com profissionais especializados em coloproctologia, cirurgia oncológica, radioterapia, radiologia e oncologia clínica. Os tratamentos para câncer colorretal aumentaram a sobrevida dos pacientes e diminuíram as sequelas, mas dependem do estadiamento da doença no momento do diagnóstico. No estádio um, quando o tumor acomete apenas as camadas iniciais da parede interna do intestino, a simples retirada do pólipo ou uma cirurgia para extrair o seguimento do órgão acometido pode ser suficiente e curar cerca de 95% dos casos. No estádio dois, a doença já acomete várias camadas do intestino, demanda cirurgia e as chances de cura chegam a 90%. A depender do nível de agressividade e do tipo de célula, o paciente pode necessitar também de quimioterapia com uma droga apenas. Já na fase três, o câncer de intestino atinge os linfonodos regionais, que são estruturas nodulares distribuídas por todo o corpo ao longo dos vasos linfáticos. Nesta situação, o tratamento exige cirurgia e quimioterapia com diversas drogas, apresentando uma queda na porcentagem de resolutividade, que fica em 85% .

E quanto a sobrevida?

Se diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura do câncer de intestino são consideradas boas. Num período de cinco anos, a sobrevida média global dos pacientes diagnosticados com a doença pode chegar a 55% nos países desenvolvidos e a 40% nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Esses índices têm relação direta com os hábitos e a qualidade de vida das pessoas, o que inclui a prática de exercícios, o modo como se alimentam e até mesmo os recursos disponíveis para diagnóstico e tratamento.